Qual a diferença entre transcrição e degravação? Cristina Gonzales

Em casos de eventos presenciais, vídeos e arquivos de áudio, pode ser necessário obter uma transcrição desse áudio em texto, a fim de facilitar consultas e registro.


Nessas situações, o cliente pode buscar o auxílio de uma LSP (Language Service Provider ou empresa de serviços linguísticos) e contratar o serviço de transcrição de áudio e degravação judicial.


Você sabe qual a diferença entre essas duas modalidades? A Aliança Traduções vai explicar para você. Confira abaixo!


O que é Transcrição de áudio?


Transcrição de áudio consiste em transformar áudio em texto. É a reprodução por escrito de um material em áudio ou até mesmo vídeo.


O profissional que realiza esse trabalho assiste o vídeo ou ouve a gravação de áudio fornecida pelo cliente repetidamente e redige o documento com fidelidade ao conteúdo original.


Existem dois tipos de transcrição.


A Transcrição Literal é aquela que é fiel à gravação, contendo todos os aspectos da fala como vícios de linguagem, pausas e até mesmo erros gramaticais. Assim, se o interlocutor se repete, tosse, ou usa muitas interjeições, tudo isso será refletido no material entregue ao cliente. Embora seja a transcrição mais fiel e mais adequada a algumas situações, sua leitura pode ser mais cansativa e menos objetiva.


Já na Transcrição Adaptada, ocorre uma adaptação do áudio para que o texto fique mais fluido e ofereça uma leitura fácil e agradável. Assim, pequenos vícios de linguagem que não atrapalham a transmissão da mensagem original são omitidos e a leitura se torna mais objetiva.


Em ambos os casos, é importante que a gravação seja de boa qualidade, para que o profissional consiga reproduzir o material com máxima fidelidade.


Com áudios transcritos em texto, fica fácil e prático consultar, pesquisar e compreender o conteúdo gravado.


O que é degravação judicial?


A degravação é uma transcrição literal em texto de um conteúdo em áudio ou vídeo. A peculiaridade deste tipo de transcrição é a sua utilização em processos judiciais e deve incluir todas as falas exatamente como foram ditas. Ou seja: fidelidade máxima.


Em geral, o advogado pede a degravação para que entre como prova em um processo. Por esse motivo, também é realizada uma ata notarial em um cartório de notas.


"Ata Notarial é instrumento destinado ao registro de fatos jurídicos - sejam eles naturais ou voluntários - com consequências ou possíveis consequências jurídicas". PEREIRA, Antonio Albergaria. Ata Notarial. Boletim Cartorário da Edição 6 - 1996.


Uma definição mais completa do conceito de ata notarial está disponível no seguinte endereço: Ata Notorial


Arquivos para degravação


Hoje em dia, a maioria das empresas que fazem serviço de degravação trabalham apenas com arquivos digitais.


Por exemplo:


mensagens de voz em aplicativos de celular

conversas gravadas com o celular ou gravador digital

vídeos de reuniões

audiências

depoimentos

escutas telefônicas

Vale ressaltar novamente que tudo que é falado no áudio deve estar refletido de forma fiel e completa no texto transcrito.


Valor legal


Combinada com a ata notarial, a degravação passa a ter fé pública e valor legal.


Sendo assim pode ser utilizada até como prova principal em processo judicial.


Confira abaixo toda a praticidade que a degravação pode oferecer.


Economia de tempo: conteúdo de áudio em texto em apenas algumas horas.

O serviço pode ser contratado on-line, de qualquer parte do Brasil.

O juiz leva menos tempo para ler um depoimento do que ouvir o mesmo depoimento, e o advogado tem a opção de ressaltar partes relevantes no material, facilitando a análise.

Com a marcação de tempo ao final de cada fala da gravação, fica fácil consultar o momento em que determinada frase foi dita na mídia original.

Empresa profissional


Considerando a importância de um bom resultado nesse tipo de trabalho, é essencial solicitar o serviço de degravação ou transcrição a uma empresa de confiança.


Um exemplo recente de degravação judicial em que um causou graves problemas envolveu uma médica investigada por antecipar a morte de pacientes na UTI de determinado hospital. No inquérito, a declaração da médica constava: "cabeça tranquila para assassinar".


Na verdade, a frase dita pela médica foi "cabeça tranquila para raciocinar".


A correção foi eventualmente feita, porém não antes sem gerar prejuízos irreparáveis no caso.


Pedimos a gentileza de observar que este conteúdo pode, sim, ser compartilhado na íntegra. Todavia, deve ser citado o link: https://www.migalhas.com.br/depeso/358207/qual-a-diferenca-entre-transcricao-e-degravacao

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