Idec lança modelo de petição para consumidor ir à Justiça contra Unimed
O Idec lança hoje (5/11) um modelo de petição para auxiliar os
consumidores que queiram ingressar com uma ação judicial individual para
manter as mesmas condições previstas em seu contrato com a Unimed
Paulistana.
O documento pede que a Central Nacional Unimed e a Unimed Fesp
(Federação do Estado de São Paulo) sejam responsabilizadas pela
manutenção dessas condições contratuais - rede de atendimento,
coberturas, valor da mensalidade e regras de reajuste, por exemplo.
O modelo de petição reúne dados sobre a crise da operadora, além de
embasamento jurídico sobre os direitos do consumidor e a
responsabilidade solidária das empresas do grupo Unimed por manter as
condições do serviço exatamente como contratadas.
Como fazer
Para entrar com a ação judicial, o consumidor deve preencher o
documento com suas informações pessoais, conforme indicado, e dirigir-se
a um Juizado Especial Cível (JEC), que aceita causas de até 40 salários
mínimos.
Se o pedido for de até 20 salários mínimos, não é necessário o acompanhamento de advogado.
Para calcular o valor da causa, multiplique o valor de sua mensalidade
do plano de saúde por 12 (correspondente ao custo anual do plano).
Crise que se arrasta
A iniciativa de divulgar o modelo de petição judicial pretende ajudar
os consumidores que, dois meses depois, ainda estão enfrentando
problemas com a quebra da Unimed Paulistana. A venda compulsória da carteira de clientes da operadora foi decretada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 2 de setembro.
O Idec entrou com uma ação civil pública
com o objetivo de garantir atendimento imediato e a manutenção dos
contratos de todos os usuários, conseguiu uma decisão liminar
(provisória), depois restrita a casos de urgência e emergência. Além disso, a nova decisão também remeteu o processo para a Justiça Federal.
TAC insuficiente
Outra tentativa de solução do problema foi o TAC
(Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre a ANS e outros órgãos
públicos com a Unimed Fesp, Unimed Seguros e Central Nacional Unimed.
O TAC deu direito a parte dos consumidores da Paulistana de migrar para
essas operadoras signatárias sem cumprir novas carências. Contudo, em
geral, as condições oferecidas por esses novos contratos são piores e
mais caras do que as que os clientes tinham antes (rede menor e preços
mais elevados).
A proposta também foi alvo de outras críticas, como o fato de ser
limitado a contratos individuais e coletivos de até 30 vidas e por
flexibilizar os reajustes anuais.
Apesar disso, a ANS prorrogou por mais 15 dias (até 17/11) o prazo para aderir à portabilidade extraordinária via TAC.
http://www.idec.org.br/em-acao/em-foco/idec-lanca-modelo-de-petico-para-consumidor-ir-a-justica-contra-unimed
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