O parecer da AGU, que restringe a compra de terras por estrangeiros, pode estar com os dias contados. O advogado Aldo de Cresci Neto, da Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados,
defendeu - durante o 6° Timberland Investing Latin America Summit, a
tese que o modelo adotado pelo TJ/SP, relacionado à compra de terras
pela International Paper, deve se alastrar pelo país.
A tendência é de que estas
empresas, que comprovadamente atuam no Brasil e reinvestem seus lucros
no País, consigam documentar as terras anunciadas antes do parecer da
AGU, em 2008.
“Não é que a decisão do TJ/SP, por
22 votos a um, seja uma tendência. Certo mesmo é que a decisão remete
ao raciocínio da própria AGU antes deste parecer. Foi a AGU quem mudou”,
disse Aldo de Cresci.
No início da década de 1970, o governo militar aprovou a lei 5.709/71
que limitava a presença de empresas estrangeiras no setor rural. No
entanto, a empresa brasileira – mesmo que controlada por estrangeiro –
era considerada nacional. O parecer da AGU inverteu esta lógica e a
decisão do TJSP trouxe à tona, o antigo pensamento.
Dados da Abraf - Associação
Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas mostram que existem R$
40 bi em terras compradas por grupos nacionais e estrangeiros que
ficaram com as documentações ‘emperradas’ após o parecer da AGU.
Entretanto, na aquisição de novas
terras, os grupos de investidores nacionais e internacionais se
organizam juntos, sendo que a maior parte do capital é brasileiro. Esta
foi a forma encontrada para não paralisar o negócio.
Fonte: Painel Florestal
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