A Flauta Doce, de origem incerta, aparece representada em obras de arte desde a Idade Média. A partir do século XVI surgem tratados com descrições mais detalhadas sobre sua afinação, dedilhado e constituição da família.

O que a caracteriza é o tipo de embocadura, constituída por um bloco que é encaixado em um “bico” formando um canal de ar por onde deve ser conduzido o sopro. No fim do canal há uma lâmina de madeira posicionada de modo a servir de “obstáculo” ao ar, provocando sua vibração e a consequente formação do som. O formato e afinação da flauta doce sofreram modificações ao longo dos séculos: na Idade Média utilizavam-se modelos cilíndricos, que podiam ser construídos em madeira, bambu ou osso, com número de orifícios variáveis, sendo uma das mais utilizadas a “flauta de 3 furos”, instrumento tocado com uma única mão para que a outra pudesse simultaneamente tocar um tambor.

Na Renascença as flautas apresentavam um formato cilíndrico em boa parte da extensão, com uma ligeira conicidade (abertura) em direção ao pé, o que lhe conferia um som penetrante, com bastante brilho. Já no período Barroco, grande auge do instrumento, o formato da flauta era cônico invertido, ou seja, fechava-se em direção ao pé, caracterizando um timbre mais suave e doce (daí seu nome).

A flauta mais conhecida atualmente é a soprano, cópia do modelo barroco. No século XIX a flauta doce caiu em desuso, sendo retomada no século XX tanto pelo uso no resgate à música antiga quanto pelo uso como instrumento de apoio na pedagogia musical.

Flauta doce 3 furos modelo "Susato" confeccionada por Roberto Holtz

Flauta doce soprano modelo "Ganassi" confeccionada por Roberto Holtz

Flauta doce alto modelo "Ganassi" confeccionada por Pietro Sopranzi (Itália)

Flautas doce tenor modelo "Praetorius" confeccionadas por Roberto Holtz

Flauta doce baixo modelo "Renascentista" confeccionada pela fábrica alemã MOECK

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